A Aloe Vera pode ser boa para a doença renal ou pode fazer mal consoante o tipo de suco processado da folha
Mário Caetano
Aloé vera é uma planta medicinal natural com propriedades extraordinárias para tratamentos curativos internos e externos conforme atestado pelos inúmeros testemunhos ao redor do mundo. Contribui eficazmente para a beleza, para uma boa nutrição e para o bem-estar geral. É uma planta herbácea perene, que pertence originalmente à família das liliáceas. Suas folhas carnudas são ricas em mais de 205 ingredientes activos com muitas propriedades que no seu conjunto beneficiam a saúde, com exceção dos 12 antraquinonas compostos pelo óleo resinal, também designado por “Yellow Sap” ou “Aloína”.
O Tónico devidamente processado, isto é, sem o alto teor de polissacarídeos resultantes do concentrado resinal extremamente amargo, quando tomado internamente é útil para o tecido epitelial tanto quanto para a pele, como é o caso da boca e úlceras estomacais, dos seios nasais, intestinos, pulmões e trato genital. A Aloe funciona nas membranas e superfícies e é um excelente conector para as células T do sistema imunológico.
Embora a Aloe tenha sido usada desde tempos dos antigos egípcios para tratar problemas de pele e constipações, nos EUA a agência de saúde Food and Drug Administration removeu os laxantes (com base no óleo resinal de antraquinonas tóxicos) devido a preocupações de saúde e intoxicações. Os antraquinonas concentrados envenenam o sistema enzimático das células conforme demonstrado pelos estudos efectuados no Carrington Labs.
Por outro lado mesmo o sumo do Aloe purificado e descontaminado, pode em alguns casos interagir com alguns medicamentos fármacos, ao catalizar os efeitos nefastos das drogas (medicamentos) quando tomadas em simultâneo com o sumo. Por isso não se deve tomar drogas junto ou ao mesmo tempo que toma o sumo ou tónico.
As evidências preliminares sugerem que a polpa de aloé vera (devidamente purificada) pode ter efeitos benéficos em certos tipos de doenças renais. Um estudo publicado no “Indian Journal of Experimental Biology”, em 2004, mostrou que os animais de laboratório diabéticos com doença renal induzida por diabetes que lhes administraram a polpa tiveram melhorias nas suas doenças renais, em comparação com um grupo de animais que não receberam a polpa. Os autores sugeriram que a polpa de aloé pode ter efeitos protectores contra danos renais produzido por diabetes do tipo 2.
De acordo com o NIH (National Institues of Health), sumo de aloé amarelado, acastanhado, amargo, com elevados teores de polissacarídeos derivados do concentrado de aloína pode causar potencialmente grave lesão renal e, eventualmente, a morte. De fato, em 2002, o “American Journal of Kidney Diseases” publicou um relato de caso de um homem que foi hospitalizado com insuficiência renal depois de tomar um suco de aloé feito em casa (ou mesmo sendo o Processo de Folha Total). Após várias semanas de diálise renal, esta pessoa recuperou lentamente a função renal. O NIH adverte que, se tem doença renal, deve evitar mesinhas ou tomar sumos de Aloes que não são credíveis ou que contenham aloína.
A polpa isenta do concentrado de aloína e devidamente purificada e estabilizada é reconhecida por ser um dos melhores desintoxicadores do organismo, limpando a matéria mórbida do estômago, fígado, rins, baço, bexiga e é considerado o melhor, limpador de cólon conhecido. Estudos têm demonstrado que trata a indigestão, aflição do estômago e úlceras. Inúmeras pessoas afirmam que têm sido curadas de infecções artrite, bexiga e rins; cãibras nas pernas, prisão de ventre, hemorróidas, sistema imunológico, insónia, e de vaginites.
É também um excelente tonificante para irrigações vaginais, dá energia econtribui para o bem-estar.
Cuidado ao tomar sumos amargos, amarelados, acastanhados que digam “Wholle leaf process” ou “Folha Total” (ou mesmo sumos baratos duvidosos à venda em supermercados) pois têm um elevado teor dos 12 antraquinonas tóxicos que o suco amarelo contém. Se tomar esse tipo Aloe, pode experimentar alguns efeitos colaterais, como dores de estômago e cólicas, diz o NIH. Quando tomado em doses elevadas por um longo tempo, esse suco de aloé com aloína pode causar outros problemas graves, incluindo doenças cardíacas, fraqueza muscular, diarreia e perda de peso. Evite suco de aloé com aloína durante a gravidez ou amamentação.
Na Universidade de San Antonio, em 1997, o pesquisador Jeremiah Herlihy, Ph.D., realizou um estudo para observar os efeitos negativos de se beber diariamente um sumo de polpa sem o concentrado de aloína. Em vez de exibir os efeitos negativos, os animais do teste que receberam esse tipo de processamento de Aloe por dia mostrou uma redução notável na leucemia, doença cardíaca e doença renal. Dr. Herlihy concluiu: “Nós não encontramos nenhuma indicação de danos causados aos ratos até mesmo em níveis elevados.” Na verdade, os animais que beberam-o sumo do parênquima da folha realmente viveram 25 por cento mais do que aqueles no grupo de controle (Conferência IASC, Texas, 1997) Outro estudo semelhante com os mesmos resultados que mostra que o parênquima purificado reduz o envelhecimento das células foi efectuado pelo Dr. Ivan Dannhoff no seu laboratório em Dallas – Texas.